Senhora com Blandícias

Edigles Guedes

Coração estouvado, estou triste pela noite —
Que cai no chuveiro de pingos roríferos
Da aurora — no campo de pensamento. Açoite
Do guizalhar dum grilo vergasta alífero

Ser: a minh’alma, presente divino! Oblíquo,
Olho para fora do tarro em que coabito
Co’a Natureza das horas. Um flexíloquo
Regougar de coruja espavoriu (súbito)

As corujinhas em seu grabato entanguidas.
O tempo flui lentamente pela ampulheta
Do relógio cuco na parede estúpida!

Minha melancolia vai riscar de felícia;
Pois, o dia já vem e a noite, à boa-fé, não aguenta
O fulgor de minha Senhora com blandícias!…

28-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...