Edigles Guedes
...[um grande amor] não passa duma pobre coisa banal
e incompleta, imperfeita e absurda, que nos deixa
iguais, miseravelmente iguais ao que éramos dantes,
ao que continuaremos a ser.
Florbela Espanca
O Amor não passa de uma pobre cousa banal e incompleta?
De tão sofrido e doloroso sofrer por Amor, cálido
Estou na aparência do dia. A lua, alvadia, atroz e braquígnata,
Uiva seu cântico de queijo coalho. Encontro-me ávido
De sentimentos sublimes de Amor. Espada de dois gumes
É o Amor; ele contigo porfia, vocifera, desgasta.
Desgasta o transitório da garrafa náufraga: que lume!…
O Amor não é de uma pobre cousa absurda e imperfeita?
Não sei se o Amor é imperfeito... Só sei que tem seus defeitos.
E quem não os têm? Atire a primeira pedra. Somos: pé e seta?
Seta que não atinge o alvo do Amor platônico, eleito
Por outro coração amado. Não sei se o Amor é absurdo;
Mas, sei que acalenta o meu pranto, pungindo-me mor lanceta
Na minh’alma infida e lúrida. Sim, o Amor é desabrido!...
9-3-2010.
Inspire-se. Surpreenda-se. Viva com leveza. Aproveite os sonetos. O romance. A desilusão. O amor. Leia e curta.
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