Ao
nascer, galopei a Estrela d’ Alva,
Que brilhava; pondero:
trela e calva.
Ao crescer, naveguei estreito mar,
Que
bradava; sopeso: leito e lar.
Sorridente, vingou o siso —
gato,
Que traquinas, viveu o falso chato.
Diligente, pingou
o mel na sopa,
Que salgada, torceu o vento em popa.
O
pinote do Amor — cavalo manso
Que solapa o coice brusco e
ranço.
A bisonha (que Dor!) veleja oceano
De potocas
inúteis. Desço o cano
Da agonia, por onde mordo triste
A
fatiga: ocultar o Amor que viste.
Autor: Edigles Guedes.