Mostrando postagens com marcador Mesa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mesa. Mostrar todas as postagens

Olhos



Os olhos irisados
De quem, abençoado,
Sorri; alicerçado
Em muro de cristal.

Os frágeis, esfalfados,
Me pousam, de repente,
Na mesa abstinente
De louça e graal.

Os ágeis, agachados,
Repousam, de contente,
No leito
— a semente
De prisco o fanal.

O lume afoitado,
Que singra, ajuizado!

Autor: Edigles Guedes.


Café da Manhã



Pousou na mesa?
Café, o bruto,
Capaz de tino
Aceso, senso

Luzente, crivo.
Torrou a fleuma,
O pão quentinho,
Saiu que loiro

De forno, fruto
De lume venço.
A língua tesa

Degusta linho
Por prego divo.
Advém celeuma.

Autor: Edigles Guedes.


Czarina



Tomava tenência,
De modo que toma
A xícara forte
De chá vespertino.

Sentado, à mesa,
Admiro o rosto
Que tanto fascina.
Sinal de demência?

De sério, retoma
Monárquica sorte.
Me faz, por latino,

Amar a bruteza,
Que tanto desgosto
Suscita, czarina.

Autor: Edigles Guedes.


Besouro



Debaixo da mesa
Esconde besouro,
Que sonda tesouro
E tanto sopesa.

Besouro, amigo,
Que leva consigo
O casco: castigo
Por casto perigo.

Existe defronte
A si um geronte
Que sou, por incúria.

Malgasto a fúria.
Sandália desfiro.
Adeus! interfiro.

Autor: Edigles Guedes.


Natal



O pinheiro nobre mergulha os galhos
Por quadrada sala. Os presentes inundam
O assoalho limpo. Esmero caseiro
De saudosa mãe, que curava do ninho.

A redonda mesa suspira as mágoas
E rebuça miúdos debaixo das pernas.
As panelas, pratos, talheres rutilam
Os sorrisos brandos. Que largo apetite!

A comida farta, sobeja barriga.
A estrela luze no cume da árvore
E renova riso da rena elétrica.

No presépio dorme Jesus, o menino.
O silêncio reina. Piscasse os olhos,
Que veria? Néscio consumo dos homens!

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...