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Livro, Soprano



O prazer corpóreo desse livro,
soprano!
Apalpar a carne ou couro, quando encapado
Explorar a letra impressa, de saltimbanco
E ninar em dedos lívidos o tamanho

Das palavras, ora níveas, ora sombrias

Acalento, meu regato muda-se em berço
Pra acolher desejo, fato estranho, inconfesso,
Que prolongo, incertas horas ficam de brisas,

O deleite frui, fruição de quem se enamora
Por estreito corre-corre, como formigas
Em fileiras
dó, desgosto forte, mitigas.

E mastigas dote, posse dada, demora
Do contato feito, mãos em dança por folhas.
Entretanto, sofro muito gozo, às escolhas.

Autor: Edigles Guedes.


Você



Você, que atrai-me toda…
Assim que olha pra mim,
E quando me diz que sim,
Embora me faço rudo,

Capaz de beijo agudo...
E eu, que fora de moda,
Não sei o que lhe desdigo…

Você, que provoca crise
De risos bastantes, pise
Em mim com os pés de gata
Em cio e, cá, desata


O grito de mui delícia…
Estimo por grã carícia
De dedos,
aos quais me ligo.

Autor: Edigles Guedes.


Bola de Gude



Quantas vezes nos divertimos,
Nas manhãs de sol escaldante?
Quantas vezes nos distraímos
Com os dedos mui fervilhantes?

Porventura grilo dormita?
Há um cântico, serventia
Para todo nó, cobardia?
Ou apenas somos formigas

No afã das horas amigas?
Há um riso de ironia?
Um escárnio, na agonia?

Ah! conquista anda contrita,
Como bola, gude de grita!…
Desvario me abatia…

Autor: Edigles Guedes.


Aurora



Um cântico afora
Reside na aurora…
Um cântico de medo,
Capaz de aplicar

Os dedos violáceos
Nas pétalas de rosas.
Um raio desfigura
O sol, me apiedo.

Manhã de esgueirar
Por muros farináceos.
As sépalas ciosas

Me causa um sorriso.
De vez, alfabetizo
A pedra imatura.

Autor: Edigles Guedes.


Lobo



Por nada, amo,
E sou caidinho
Por ancas, dedos
Quadril, cintura,

Cabelos loiros,
As botas leves,
Andar maneiro,
Colares, cheiro,

Humor de greves,
Amor de oiros,
Ardil, pintura,

O jeito quedo,
De mui carinho.
De lobo, bramo!

Autor: Edigles Guedes.


Lente


Roçaguei-lhe os cabelos com os dedos sonsos;
Mergulhei-lhe os anelos com os ledos monstros;
Mastiguei-lhe os desejos com os lerdos lábios;
Mordisquei-lhe os gracejos com os tredos brincos.

Desgastei-lhe os dedos com os olhos bastos;
Consignei-lhe os monstros com suspiros vastos;
Consolei-lhe os lábios com desastres gastos;
Alentei-lhe os brincos com infartos fastos.

Tudo que mentir, os olhos de idade roída.
Tudo que fingir, suspiros de causa saída.
Tudo que sentir, desastres de alma vívida.

Tudo que me dói, infartos da moira lívida.
Antes de findar a liça daquela vida,
Tudo que sofrer! um lente atencioso à lida…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...