Mostrando postagens com marcador Ventura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ventura. Mostrar todas as postagens

Bem-te-vi — Um



Bem-te-vi, ó meu bem-te-vi!… Por que choras assim,
Repetindo as palavras fúteis, trombeteando
De mim? Dando notícia de quem jamais te quis
Bem ou mal. Ó passarinho! que cozinhas o tempo

Com língua de portas abertas ao mundo, farto
De injustiças e outros infortúnios pessoais.
Quem me dera sonhar com um planeta melhor,
De ventura e de paz infindas, longe d
a guerra

E seus rumores, longe dos azares em dança
De sina, longe dos lances de dados ou jogos
De força bruta, só pra ver quem é o mais forte,

Longe da destruição em massa das florestas,
Longe, muito longe, daqui, tão longe daqui,
Que sou capaz de alcançá-lo num simples pulo.

Autor: Edigles Guedes.


Gravura da Aurora



A dúbia esperança
Que traz-me bonança,
Em noite penosa;
Se bem que de rosa

Pintou o azul
Sidéreo. No sul,
Cruzeiro fulgura!

Aurora, há pouco,
Raiou, no sufoco.
Conversa vertia,
Robusta de pia.

Labuta sorri.
Ventura cuspi.
Notável gravura!

Autor: Edigles Guedes.


Sorriso Florindo



Defensável ventura,
Como te persegui?
Se careço de sede,
A fim de te beber;

Se careço de fome,
A fim de te comer;
Se careço de pele

A fim de te vestir;
Se careço de nome
A fim de te chamar;

Se careço de ti,
Nesta noite finória,
Em que sorris pra mim,
Num sorriso florindo.

Autor: Edigles Guedes.


Senhora e Eu



Senhora, não te agaste!

O céu, por bento, confirme
O meu desígnio de nobre
Ventura
Siso de cobre,

Que tenho, não o rejeito;
Embora goste sujeito
À rédea curta e firme.

Senhora, não me brindaste
Com beijos cálidos, fartos
De lábios tardos, infartos
Com
vistos braços e laços!

Devoram vis embaraços,
Enquanto deito-me, suxo,
Em berço largo de luxo.

Autor: Edigles Guedes.


Aos Ombros



À boa ventura,
Velejo por mar,
Que torna sonhar
Um meigo penar.

A pena censura
O meu vaguear.
Piloto por ar,
Que gozo por lar.

O vivo no mundo
Da Lua me cabe.
O quê me desabe?

Almejo fecundo
País de assombros,
Que cumpre aos ombros.

Autor: Edigles Guedes.


Maçã



Vermelho ou verde que seduz.
Talvez o profundo se deduz
De sua lisura com delícia.
Perfaz a ventura com carícia,

Acaso tivesse a vivência
No bucho… Porém, de previdência,
Que sofre, se prostra à cadência
De ritmo voraz, por contingência.

Costura o júbilo em rútila
A pele, de pávida em mútila
Dentada, capaz de fuzilar

O gosto, a fome saciar.

O verso, que tomo, se compraz
Em vê-la deitada, de cartaz.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...