Mostrando postagens com marcador Lar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lar. Mostrar todas as postagens

Favorita



O mar cobiçando
Das ondas, fineza.
O lar dardejando
A flecha mui tesa.

Saudade liberta,
Mas sigo por certa
A rota que tira
A mágoa. De lira

Em punho, chilreio
Cantiga. Passeio
Por nau singular.

O calo me grita
Do pé. Favorita
A mão por versar.

Autor: Edigles Guedes.


Noite ao Lar



Dessa noite jogada ao lar,
Como joga a caça de sede;
Onde onça despenca embuste;
Onde o caçador desarruma

Cabelo, tez, aprumo, instinto.
A Lua, sim, tolera estrela
De brilho breve, pus, horizonte
Escuro. Mocho cruja. O riso

Me rasga — aluguel de pavor,
Que nervos os deglutem, se for
Obséquio de glutão lazarento.

Moirejo na lavoura dos sonhos;
E, lá, percalço brinca de luta,
Esconde o desfrute da liça.

Autor: Edigles Guedes.


Gastura



Vazio no bucho,
Incômodo bruxo.
Será que o luxo
Está de plantão?

Desejo na boca,
De grávida louca
Por tudo e rouca
A voz de sermão.

Estar de um mal,
Capaz de botar
Pra fora um tal

De til no acento.
Deitado no lar,
Me sinto birrento!

Autor: Edigles Guedes.


Aurora



Enfado me chega
Em hora marcada?
Aviso mandar?
O nem que em sonho!

Aquela aurora
Que nunca me veio,
Passou de mansinho
E fez um carinho,

De longe. Alheio,
Desfaço, agora,
O cenho tristonho.

Navego por mar?
A onda agrada?
O lar se achega…

Autor: Edigles Guedes.


Aos Ombros



À boa ventura,
Velejo por mar,
Que torna sonhar
Um meigo penar.

A pena censura
O meu vaguear.
Piloto por ar,
Que gozo por lar.

O vivo no mundo
Da Lua me cabe.
O quê me desabe?

Almejo fecundo
País de assombros,
Que cumpre aos ombros.

Autor: Edigles Guedes.


Oblívio



Hilário, rio de mim, o mesmo
Sorriso, frio delírio, a esmo.
Faltava o siso de lírio campo.
Instante, friso que peito estampo

Amor puído, aos pouco de uso.
Vitrine mostra modelo obtuso.
A moça gaba-se, pá de terra.
A loja fecha, balanço pinta.

O homem bruto o beco erra.
O há de vir que bendito minta.
Partiu ao lar por audaz a festa.

A terra tórrida é que presta.
Porém, zarpado ao mar de olvido,
Em casa chego, remido, cuido.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...