Dessa tarde jogada ao mar,
Como joga a pesca de rede,
Onde peixe desaba engodo,
Onde o pescador desapruma.
O barco toma rumo distinto,
Por ondas, vagas, lemes, vigílias,
As velas, remos, dós, maresias…
O Sol ainda dorme, cochila,
Depois da sesta, pouco a pouco,
Declina olhos, pálpebras fecham.
O clima brando, brisa serena.
Vulgar minhoca sobe anzol.
Ardil, capaz de só enganar,
A quem por enganado ficar.
Autor: Edigles Guedes.