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Baba de Caim



Retiro um papel cru da gaveta,
Está sujo, empoeirado pela
Sarjeta do tempo obscuro, além;
Distante, escuto um coro de améns,
Entoados pelas muitas cigarras,
E cada uma espantando os seus males.

O papel em si, é simplesmente
Um papel comum, sem os rabiscos,
Sem escritos ou linhas de pautas,
Mas suspira, como vivo fosse.
Tenho tosse, resquício de tarda
Pneumonia, que afetou meu filho.

As Horas gotejam tão demente
A derradeira baba de Caim!

Autor: Edigles Guedes.


Leio Virgílio



Roma castigada por fogo
Surdo, chamas tão movediças,
Nero a perseguir os cristãos,
Veleidade vã do poder,

Consome que a lucidez mais
Humana, em desvario mortal
De déspota sanguinolento,
Crivando as noites de horror.

Enquanto isso, leio os meus versos:
Os bárbaros não se inclinam
Modismos aos civilizados.

Nestes versos, barbaramente,
Vejo-me escritos. Ao final,
Leio Virgílio, de tropeço.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...