A
líquida Hora, coagulada no ferver do bule,
Me põe tão
cabisbaixo, por pensar no verso líquido,
Que não vige por
páginas e páginas além!…
Mas, antes, fica embatumado
na garganta, sem
Saída por cano ou por linguagens distintas…
Físicos
Sentidos, por obséquio, sua Morte nefasta pule!…
Os
lânguidos gemidos do meu cérebro confrangem
As
tísicas moléculas da fervura no bule,
Com água desperta às
três horas da manhã de agosto…
Prossigo na tarefa ingrata de
muito rancor…
Me causa palor nas faces túrgidas, de
proposto
Depósito de amarguras, que me ferem e rugem…
A
mosca, incômoda e formidável, minhas mãos tangem;
A dita,
contudo, insiste: putrefatos de amor!…
Autor:
Edigles Guedes.