Voou minh’alma contrita: ajo
por ida
Sem volta. Queira Deus!… que
na partida,
Encontres o que não pude te
dar;
O afeto que convinha com
enredar;
O carinho solícito de duas
Mãos sem mágoas de agruras,
ou sem nódoas;
O beijo que singelo, sem
aleivosias;
O anelo — tal relevo sem
falésias.
Vai!… Esquece-me o vulgar
verme daninho!…
Rasga-me como um mau papel
almaço!…
Risca-me de tua agenda, o
pulcro ninho!…
Ave alígera vai!… Voe pra
laço
De à toa passarinheiro! Cá,
definho,
Perdido em minério de selva e
aço.
3-4-2015.