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Baba de Caim



Retiro um papel cru da gaveta,
Está sujo, empoeirado pela
Sarjeta do tempo obscuro, além;
Distante, escuto um coro de améns,
Entoados pelas muitas cigarras,
E cada uma espantando os seus males.

O papel em si, é simplesmente
Um papel comum, sem os rabiscos,
Sem escritos ou linhas de pautas,
Mas suspira, como vivo fosse.
Tenho tosse, resquício de tarda
Pneumonia, que afetou meu filho.

As Horas gotejam tão demente
A derradeira baba de Caim!

Autor: Edigles Guedes.


Por Matar-me o Amor



Ao cabo de dias, Caim trouxe o fruto da terra em oferta;
Abel, entretanto, entregou os primogênitos do rebanho.
O Senhor pôs fito em Abel e suas ovelhas, que na certa
Enchiam o vaso de regozijo dos céus. Caim, tacanho,

Irou-se tremendamente. Descaiu-lhe o semblante valente,
De quem lida com a bruta terra. O pecado bateu à porta
Do encolerizado Caim. Então, o desejo do pecado, avante,
Perturbou-lhe a índole; reprimiu-o, como o cabresto a torta

Égua arredia, refreia. Aliás, estando os dois pelo campo
A vaguear, Caim ergueu sua mão contra seu casto irmão.
E a voz de Deus, serena e suave, fez-se da cor do salmão!…

Lançou-lhe a maldição: erradio e vagabundo no escampo
Do mundo. E eu que te amei, Senhora, será que mereço
Sofrer por matar-me o meu Amor, porque eu de ti careço?…


Autor: Edigles Guedes.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...