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Incômoda



A líquida Hora, coagulada no ferver do bule,
Me põe tão cabisbaixo, por pensar no verso líquido,
Que não vige por páginas e páginas além!…

Mas, antes, fica embatumado na garganta, sem
Saída por cano ou por linguagens distintas… Físicos
Sentidos, por obséquio, sua Morte nefasta pule!…

Os lânguidos gemidos do meu cérebro confrangem

As tísicas moléculas da fervura no bule,
Com água desperta às três horas da manhã de agosto…
Prossigo na tarefa ingrata de muito rancor…

Me causa palor nas faces túrgidas, de proposto
Depósito de amarguras, que me ferem e rugem…
A mosca, incômoda e formidável, minhas mãos tangem;
A dita, contudo, insiste: putrefatos de amor!…


Autor: Edigles Guedes.


Todos Ouvem



Quem me dera um mocho cantasse
“O Danúbio Azul”! Plenitude
De prazer voraz abriria
Os sentidos, já adormecidos

Pelos sãos! Às vezes, pruridos
Brotam sonsos, vale nenhum…
Todo siso cai do primeiro

Degrau — tropeço mui valente.
Sorriso invade rosto, crente
Que abafa zoada firme e forte
De queda livre. Soalho ruge,

E todos ouvem tua queda
Tonante: rio de muitas águas,
Cachoeiras rijas, lisas mágoas…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...