Desadoro qualquer surda rotina
Que me siga a nau, salvo siso duro,
Papo de antraz, quina por furtiva…
Machuca-me abraço cru de urso?…
Quiçá, caro Cupido, já calou,
Em meu coração, sem pingo de
préstimo,
Essa dor — que tão dor! — veio
e manchou
O tapete em lágrima com imo.
Quiçá estimado Ser mui cabuloso…
Sirva-me apenas, cá, mil de miragem
Ou de espinho cravado em vão poro!…
Por isso, desadoro, fugaz, esse
Teu elã, que me deixa, pasmo, à
margem
De mim; desde a ti que apetece.