Travesseiro, amigo benigno das horas,
Que detém claudicantes ensejos na porta,
Que nos leva ao paraíso dos seixos ignotos,
Que nos move fagueiros ao mundo medonho.
Pesadelos que deitam burguês calafrio.
O martelo que põe-me bonés e delírio.
A tenaz que comprime fingido escrúpulo.
O fajardo suprime fastioso percurso.
Me amofina por noite afora, adentro.
Descortina pedrês lobisomem, vampiro;
Situações de piloura, o fado incerto.
Consciência tolero de pulcros detritos,
Que me banha em banho de gris madrugada,
Que me sonha em sonho de noivo e grinalda.
Autor: Edigles Guedes.