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Noite ao Lar



Dessa noite jogada ao lar,
Como joga a caça de sede;
Onde onça despenca embuste;
Onde o caçador desarruma

Cabelo, tez, aprumo, instinto.
A Lua, sim, tolera estrela
De brilho breve, pus, horizonte
Escuro. Mocho cruja. O riso

Me rasga — aluguel de pavor,
Que nervos os deglutem, se for
Obséquio de glutão lazarento.

Moirejo na lavoura dos sonhos;
E, lá, percalço brinca de luta,
Esconde o desfrute da liça.

Autor: Edigles Guedes.


Cigarra



Chichia por tarde
Afora. Alarde,
Amor, que namora.
No cio, canora

A perna vadia.
Devassa o dia.
E quando vigia,
À noite, fingia.

Cicio mugia
À caça de jia,
A fim de consolo

Por duro tijolo:
Morada pequena,
A alma depena.

Autor: Edigles Guedes.


Goiamum


Heráldico cavaleiro medievo e cavalo
De oito patas e táticas. Tanque de guerra,
No teatro de ações, dentro do manguezal, que erra
Entre a lama suja e roto lodo a desgostá-lo.

Eis que azulado crustáceo rompe a lama preta.
Com as suas desiguais pinças, caça, a garfo e faca,
O de comer. Ressentido, a barcaça fraca
De carapaça revira o lixo e mutreta,

À procura de sustento do tempo social.
Goiamum só degustou da carne o seu duro osso;
Goiamum provou deserto, só, por manancial.

Eu vejo de goiamum, hoje, o quanto eu sou: fosso
De fossa é minha vida; ando sem ponto cardeal;
Como detritos, e lixo fezes, desde moço!…


7-2-2015.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...