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Mastigava



Ah! caso eu pudesse… mastigava-te todinha,
Como se mastiga um fruto suprimido pelo
Prazer inconfesso de mastigá-lo, bocado
Por bocado, em boca sequiosa por um beijo.

Sem embargo, tu não te rendes aos meus desejos
Mais rútilos, de fruta caída do pé de árvore,
Despedaçada aos teus pés de anjo, tão docemente
De lascívia aos desfrutes dada, devoradora.

Ah! caso eu pudesse… mastigava-te, frutinha
Por frutinha, como se colhesse uma flor, feita
De amor e artimanhas muitas, a carícia eleita,

O dengo escondido na víscera de perfeita
Criatura: mulher, ainda que demais aflita
Ou afoita, suscetível aos temperos da cólica.

Autor: Edigles Guedes.


Bolacha



Bolacha silente,
Salgada ao dente,
Que dói ao sabor,
Castiço amor.

Existe vesano,
Que grita: — Esconde
O fruto por onde?

E tudo é dano
Ou vil desengano,
Se há um afago
Anexo ao pote?

Bolacha que trago
À mão e naufrago,
Cavalo ao trote.

Autor: Edigles Guedes.


Cangalha



Olhar de esguelha,
Como quem o quer…
Divícia querendo…
Os olhos suplicam…

Meiga mão requer…
O vício fervendo…
Na veia, claudicam

Os ternos olhares…
Fruto, não pomares…
E cai uma telha…
O gato hesita…

Novel parasita
Delira: cangalha
Em rude abelha?

Autor: Edigles Guedes.


Café da Manhã



Pousou na mesa?
Café, o bruto,
Capaz de tino
Aceso, senso

Luzente, crivo.
Torrou a fleuma,
O pão quentinho,
Saiu que loiro

De forno, fruto
De lume venço.
A língua tesa

Degusta linho
Por prego divo.
Advém celeuma.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...