Mostrando postagens com marcador Lábio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lábio. Mostrar todas as postagens

Resta-me



Quão graúdo é fugaz desarranjo!
Não do meu intestino frouxo,
Que fica pesado de fezes,
Mas nunca pesado de amor!

Resta-me o sorriso, que arranjo
Num canto arnês de lábio roxo.
Desfaço o laço de talvezes,
Quando desce o tardio sol-pôr.

Resta-me o debique, como arte
De amor frustro ou fúria medida
Nos dedos da mão comedida.

Resta-me o silêncio, como arte
Que restruge nos meus ouvidos,
Agora, moucos, por olvidos.

Autor: Edigles Guedes.


Perfume de Sonho



O sonho a sonhar-te…
Te fez um favor:
Encheu-te de carne…
Restou, com amor,

O lábio de flor…
Cativo, contigo
Me firo; doído,
Me giro; castigo

De afeto com dor…
Evola perfume
De ti, que consume

Um beijo perdido,
Em rosto cingido
De cinza e calor…

Autor: Edigles Guedes.


Rosas e Rúpia



As rosas desmaiadas
Esperam por um beijo
De ti; vivificadas,
Sorriem
Caranguejo

Contente por afago,
Carícia
Um agrado
Qualquer
Me embriago
Em lábio descarnado!


E ébrio de volúpia
Navego… Por que rúpia?
Por águas caudalosas,

Por mágoas deleitosas

Subjugo os cabelos,
Desbravo os chinelos


Autor: Edigles Guedes.


Manhã ao Luar



Dessa manhã jogada ao luar,
Como se joga milho ao acúleo
Dó galináceo.
Ávido sustento,
Pó que ingere… Pávido, do galo

Brota o grito; grave, a goela
Solta o livro lorde; acastela,
Dentro do peito, férvido ardor;
Duro ardor por beijos e calor…

Dama, de ti evola o perfume…
Tanto estimo, quanto afervento
Lar de prazeres muitos: o regalo.

Lábio de Lua lépida consume
Lábio o meu, ao corpo despertar…
Lábio: amor ao píncaro hercúleo…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...