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Suspiros e Papiros



Domingo qualquer

De brisa hedionda
Soprando na cama.
O dom de mim quer,

Detido à fé, onda
Logrando mar. (Lama?)
A tarde, com tédio,
De triste remédio,

Se dava ao bom luxo

De tardos, os passos;
De tigres, os lassos;

Nos dados, que puxo.
Refém dos suspiros,
Contém-me os papiros.

Autor: Edigles Guedes.


Versos que não Cabem na Garganta



Há versos que não cabem na garganta!…
São tão compridos, demais tão compridos,
Que estouram na página de papel almaço,
Em franco olhar de atirador de elite:

Bum! um projétil de palavras sonsas —
Ora miúdas, como formiguinhas velozes;
Ora graúdas, como açúcar no açucareiro;
Ora medianas, como estatística

De dados assombrosos, esquecidos
Na prancheta do tempo remontado.
Há versos que não cabem na garganta!…

São cruéis demais para caberem todos
Na minha mão — mão tão grande quanto o mundo!…
E o que dizer para caberem na garganta?…

Autor: Edigles Guedes.


Bem-te-vi — Um



Bem-te-vi, ó meu bem-te-vi!… Por que choras assim,
Repetindo as palavras fúteis, trombeteando
De mim? Dando notícia de quem jamais te quis
Bem ou mal. Ó passarinho! que cozinhas o tempo

Com língua de portas abertas ao mundo, farto
De injustiças e outros infortúnios pessoais.
Quem me dera sonhar com um planeta melhor,
De ventura e de paz infindas, longe d
a guerra

E seus rumores, longe dos azares em dança
De sina, longe dos lances de dados ou jogos
De força bruta, só pra ver quem é o mais forte,

Longe da destruição em massa das florestas,
Longe, muito longe, daqui, tão longe daqui,
Que sou capaz de alcançá-lo num simples pulo.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...