Mostrando postagens com marcador Pescoço. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pescoço. Mostrar todas as postagens

Paz



Além do mais,
Vagido traz
Saudade rude;
Ao peito, grude,

Por sóbria surda
Que não me quer
Em seu regaço.
O ah! abraço

Que laça troço,
Pescoço. Ouço.
Supõe me ter.

Que há demais?
Gentil a paz
De tão absurda!


Autor: Edigles Guedes.


Carcará



Cor carijó, o peito enfunado no arame.
Cerca farpada arrepia, os de olhos ditames
Fitos. À caça vítima segue, silente.
Come lagartos, cobras, sapinhos, oxente!

Vil solidéu no quengo, à espreita, solerte.
Face vermelha, rútila; seta adverte.
Bico a cutelo ofende, molesta o cujo;
Lâmina adunca abala civil caramujo!

Dobra pescoço, em dorso mantém sua cabeça,
Solta cantares doídos, sustém um “cará”.
Tine cansável e moído, um som findará.

Deus que te cuide, pés com moleira que meça!
Livre o Amor, também, me persegue, oportuno,
Para gastar sossego, a rudo gatuno.

Autor: Edigles Guedes.


Potó



Potó-pimenta estica as pernas; acrobáticas,
As linhas puxam; ferem agulhas; em ginásticas
Longínquas, saltam tortas; ganas de Arlequim.
Avexa-se nas calças de Polichinelo!

Bichinho papa pó e pútrida pimenta;
Que cospe fogo-fátuo e brusca malagueta;
Que chispa longa estrada e curva no jardim.
Engancha-se nas mangas de um ritornelo!

Fugaz moleque trepa dobras e pescoço:
Horror da carne viva! Corda suspendida…
O pêndulo veleja que no alvoroço!

Aranha tece, volve dráculas de anelos
Por pele grossa ou lisa: sádica bandida!
O sândalo peleja que a contrapelo…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...