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Desaforo



Não me faça desaforo!
Não tolero desatino!
Não suporto violino,
Como canto duradouro,

Numa tarde graciosa!
Onde fica o sentimento,
Já crescido no tormento?
Terra bruta e preciosa

É capaz de partejar
Bons os frutos, com as flores
Lindas? Nau de baldear

Entre ditos e gracejos.
Faca puxo de vapores
Mil, mas feitos a bosquejos.

Autor: Edigles Guedes.


Flagelo sem Flauta

Casal abraçados. Um pé de árvore ao lado. Pássaros voando. E uma lua enorme, envolvendo o casal.



Quando vieste, eu disse assim: — Jamais
Escrevo outro soneto ou melodia!…
No entanto, ao fitar tão ingente cais
De doçura… Tal qual chuva serôdia,

Inunda o meu atroz ser sentimento.
Das entranhas no abismo, acolá, nasce
Esse flagelo sem flauta, tormento
Sem comento, apascenta-me que pasce.

Se vivo, eis que já não sei, ou morro;
Se respiro ou transpiro, acá; se corro
Ou fico. Sei lá… subo ou desço? Minto

A mim mesmo. Confesso, Amor, calo
No meu peito a linguagem ardente. Ralho,
Com as pernas bambas, caro Amor que sinto!…

3-1-2016. 

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...