Nesse torto instante, tenho febre.
Não sei se existo; para que existo?
Se a Existência me contamina
Com febre hidrófoba, ciciando
De febre curva na minha vida…
Esta febre que, com depressivo
Olhar, me bota em canto de quarto,
No aguardo possível de um surto
De cólera ou será de loucura?
Já não sei o que sinto, sentido;
Já não sei o que penso, pensado;
Já não sei se minto, quando calo
A voz piedosa do coração.
Ah! o elixir que me deixa são!…
Autor: Edigles Guedes.