Tua louçania de torpe corpo
atraiu-me:
Caravela atraída pelo cais!…
A tua pele viçosa consumiu-me…
Ruda, como consome os lentos ais!…
Garridice e trela estonteiam-me
— Soca estômago e pé de
boxeador!…
Crua, no olhar, fidalguia
deslumbrou-me.
No comenos, estou galã ator!…
Porém, tu — que tão bruto Amor!…
— não passas
De uma foto, guardada por debaixo,
Sete capas. E, cá, dentro me assas
De prazer, de desejo, de volúpia,
Que nem reles titã já cabisbaixo!…
Andorinha ao verão, água sem pia!…
21-5-2014.