Mostrando postagens com marcador Suspiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Suspiro. Mostrar todas as postagens

Água e Vida



Água esmorece sobre a pia:
Fio fininho, pois, se finda;
Té não sobrar sequer suspiro
Da torneira, que ora sofria…

Sofria de saudade tão pingue…
Por bocadinho, quase o queixo
Cai da fronte, intacta de lágrimas…

A vida desabita as páginas
De tais lamúrias encardidas,
Por fábula acúlea das mágoas…

A vida, de quando, deságua
No leito de outra vida idília;
Não perde tempo com lamúrias,
Antes, engendra mais a vida…

Autor: Edigles Guedes.


Suspiro de Memória



Manifesto sinal
Que trem descarrilhou…
A embusteira ampulheta
Do tempo, tão solerte,

Não se prostrou… final
De jogo, terminou
A mariposa, peta
Da noite que perverte,

Voa sonsinha pra cima
Da luz incandescente.
Coitada, não tem forças!

Que avexado aproxima
O derradeiro e ciente
Suspiro de memória.

Autor: Edigles Guedes.


Lábios de Bombom



O célico prado…
Lampírio que voeja…
Um sonho de alado
Ou mimo de sonho?…

Caiu-me na palma
Da mainça um chuvisco;
Quedou-me um suspiro
De manso encantado…

Retiro da palma
De minha cabeça
A ideia de um beijo…

Estalo de lábios —
Bombom, hum! à beça,
Que tanto me acalma!…

Autor: Edigles Guedes.


Quebranto



Deserto daquela
Me quis cabisbaixo.
Mas sou contrabaixo
De cor amarela.

Suspiro desata
Um nó de bastardo
Viver, que galhardo
Me poupo pra data

Propícia ao pranto.
Por isso vocábulo
Ribomba: eu canto!

Por isso retábulo
Encanta: suplanto
Maciço quebranto!

Autor: Edigles Guedes.


Ingrata



E fora de si,
De tão descontente,
Caminho por rua.
Asfalto tolero.

O pé, que resvala,
Me fala de ti,
Ingrata por tudo!
De mim, um suspiro

Voava em giro,
Em vão, o dolente.
Navega a Lua.

O mar, de sincero.
Estrela pedala.
O vento, saúdo.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...