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Bola de Gude



Quantas vezes nos divertimos,
Nas manhãs de sol escaldante?
Quantas vezes nos distraímos
Com os dedos mui fervilhantes?

Porventura grilo dormita?
Há um cântico, serventia
Para todo nó, cobardia?
Ou apenas somos formigas

No afã das horas amigas?
Há um riso de ironia?
Um escárnio, na agonia?

Ah! conquista anda contrita,
Como bola, gude de grita!…
Desvario me abatia…

Autor: Edigles Guedes.


Um Grilo Falante, de Espora



A luz descolore
Fulgor de aurora?
Um dedo de prosa
E cedo Manhã,

Que sabe a rosa?
Pranteia, agora,
O céu de maçã!

A nós, evapore
Ledice da noite!
Desate açoite
Na voz e vigore!

Um Grilo Falante
Verseja diante
De mim, de espora

Autor: Edigles Guedes.


Escape



Centavo, no bolso.
Caminho por rua
Estreita. A Lua
Desbota um riso.

Estrela espreita
Casal carinhoso.
Um grilo manhoso
Cantava; enjeita

O papo de sapo;
Coaxa sorriso.
Mansinho que piso.

A mão desembolso.
Convém, por fiapo,
Um lindo escapo.

Autor: Edigles Guedes.


Madrugada



Madrugada rubra, um grilo late na esquina da rua.
Madrugada fulva, um cão cricrila no cimo da palma.
A palavra curva explode, rompe
no fronte do lacre.
O mistério solta cordas pífias, que cantam a mágoa.

O mormaço outorga vez ao orvalho, que tange calvário.
O silêncio mora ao lado, logo empalha a garganta.
Alumiar de poste torto e grude, que lâmpada cede.
Obsequiar de beijo a esposa rude, que célica dorme.

Ataviar de mimo o crânio curto, que oculta no leito.
O cajueiro seca dores; duras castanhas serenam.
Ingazeiro geme flores; folhas farfalham amores.

O morcego mede passos; caibros que estalam, dolentes.
Caboré tresanda; sonha em sortes, que encantam a vida.
Iludida voz desata, troco de quem matinava.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...