Quem
me dera suportar a cruz penosa!
Sou um mero pecador mortal,
ingrato.
Não consigo sustentar veraz pecado
Meu, nos
ombros. Tolerar voraz, pacato,
Sonho? Nunca! Carecer de
voz, lorota,
Língua porca. Padecer de tanto sono.
Verme,
sórdido. Capaz de pranto torto.
Biltre, mórbido. Engendrar de
vil outono.
Judas, púnico. Moedas são legados.
Pedro,
pérfido. O galo é fraterno.
Joane, tépido. A bravura sua é
que meço.
Vivo lúgubre? Viver de soez e morto.
Fundo
poço de delito, Pai eterno,
Muita vênia que suplico; aos pés,
te peço.
Autor: Edigles Guedes.