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Mente Vitrola



O vão desperdício
De léxicos, cios
De gatos nas telhas.
De fato, nas quelhas

Embrenho-me, sigo
O signo de amigo,
Na falta de flauta,
Pra canto e consolo.

O brado de nauta
Me faz acordar.
Comprido de sono,

Me volvo a xingar:
Que vá, carambola!
A mente vitrola.

Autor: Edigles Guedes.


Romana



Dedilho a flauta,
Que doce trauteia.
Os males espanta;
Enquanto divirto

Ouvidos quebrados,
Por casos diversos.
A gota da fúria
Consome o nauta,

Que tanto tateia
O mar de giganta
A onda. Advirto:

Os pés, alquebrados,
Por versos dispersos,
Romana espúria.

Autor: Edigles Guedes.


Ano Novo



Espumante deita à mesa,
Que lamenta noite acesa.
Abridor de rolha, obeso,
Que afaga rosto teso.

Guardador de roupa branca
Que semeia louça franca,
Que prostrada, dorme sono
Em manhã vindoura. Abono

De futuro dúbio e próspero.
O capricho voa em boca.
O menino chora, áspero.

Papocar de fogos, ouço.
Querubim, quiçá, entoca
A melíflua flauta e poço.

Autor: Edigles Guedes.


Flagelo sem Flauta

Casal abraçados. Um pé de árvore ao lado. Pássaros voando. E uma lua enorme, envolvendo o casal.



Quando vieste, eu disse assim: — Jamais
Escrevo outro soneto ou melodia!…
No entanto, ao fitar tão ingente cais
De doçura… Tal qual chuva serôdia,

Inunda o meu atroz ser sentimento.
Das entranhas no abismo, acolá, nasce
Esse flagelo sem flauta, tormento
Sem comento, apascenta-me que pasce.

Se vivo, eis que já não sei, ou morro;
Se respiro ou transpiro, acá; se corro
Ou fico. Sei lá… subo ou desço? Minto

A mim mesmo. Confesso, Amor, calo
No meu peito a linguagem ardente. Ralho,
Com as pernas bambas, caro Amor que sinto!…

3-1-2016. 

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...