Mostrando postagens com marcador Rio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rio. Mostrar todas as postagens

Acerca de Girassóis



Os girassóis são satélites do
Sol;
Pois cada qual gira derredor do
Sol,
Por movimento contínuo do terreno
Coração — servo da sina tão serena.

Ah! eu, que não nasci girassol, engreno
A máquina silente, que me condena
A viver por esquinas e ruas sujas,
Nas sarjetas do Ser, nas valetas tortas

Do Nada; enquanto, claudicante, me fujas
D
as minhas mãos, que nem um rio de mortas
Nascentes! Tu, somente tu, vasto Amor!

És capaz de me pôr de espantos, quando,
Cá, assisto um girassol, em pleno calor
Do meio-dia,
ninar a terra, cantando.

Autor: Edigles Guedes.


Todos Ouvem



Quem me dera um mocho cantasse
“O Danúbio Azul”! Plenitude
De prazer voraz abriria
Os sentidos, já adormecidos

Pelos sãos! Às vezes, pruridos
Brotam sonsos, vale nenhum…
Todo siso cai do primeiro

Degrau — tropeço mui valente.
Sorriso invade rosto, crente
Que abafa zoada firme e forte
De queda livre. Soalho ruge,

E todos ouvem tua queda
Tonante: rio de muitas águas,
Cachoeiras rijas, lisas mágoas…

Autor: Edigles Guedes.


Perante Rio de Sentimentos



Danou-se, atrevido!
Que mão indiscreta!
Capaz de, sorrindo,
Poupar a secreta

Escolha de beijo
Na face inconsútil!
Me sinto tão fútil;
Mas sigo, sofrente.

Avante! que atrás
A gente vem logo.
O beijo não dás.

A lei que revogo:
Um rio contente
Me faz o que sente?

Autor: Edigles Guedes.


Remédio



Existe rio
De cor anil?
De céu, pintado,
Como canário

Belga? Armário
Extinto, fado
De cor ardil,
Amor urdiu!

Antes sofrer
De que vencer
Esse assédio!

Antes morrer
De que beber
Esse remédio!

Autor: Edigles Guedes.


Coração



Durante verão,
O canto de rio
De águas vibrantes
Me deixa tocado

Por árias profusas.
E há passarinhos
De penas vistosas.
Porém, coração

Detém-me. O cio
De cenhos gigantes
Me põe afetado.

As luzes difusas

E fazes biquinhos

Senhora, que prosas!

Autor: Edigles Guedes.


Livro



Em grades de páginas muitas,
Esconde as causas fortuitas,
Que lida com rio corpulento,
De onde provém sapiência.

Contém avião de ciência,
Que voa por céu fabuloso;
Que voga vilão e mocinho
Por linhas de nímio carinho.

Revolve as folhas, evento
Deleita-me, hora saudosa.
Ventura de misto tormento.

História de miúdo trancoso
Habita na letra vaidosa,
De modo que vivo sonhoso.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...