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Riso de Escárnio



De muitos os sonhos, que tive pequeno,
Se foram depressa. Disseram adeus?
Asinha partiram, e, sim, me deixaram
Com tanto salgado na língua. Museus

De tralhas, gargalo de micos longínquos,
Me torno. Respiro profundo, retomo
O fôlego. Voz desvanece nos ares.

Me lembro de tempos pretéritos, vivos
Em quengo desperto, capaz de sorrisos
Imensos: a praça nutrida de gentes;
As pipas que voam; pipocas assadas;

Os peixes, em tanque; domingos no parque.
Mas tudo se foi. Desembrulha a quimera
Um riso de escárnio; vagido vertera.

Autor: Edigles Guedes.


Quimeras, Ficção




Quimeras flutuantes,
Que dão-me muito gosto
À boca degustante!

Os sonhos já vetustos
Estão. O que comento,
Em noites vãs, sozinho,
Sentado no terraço

De casa, com cachorro,
De viés, olhando, manso?
Cadeira de balanço,

Embal
a-me no colo!
O dedo, quieto, coça
Cabeça fatigada…
Ficção desdenha,
troça!…

Autor: Edigles Guedes.



Noite ao Lar



Dessa noite jogada ao lar,
Como joga a caça de sede;
Onde onça despenca embuste;
Onde o caçador desarruma

Cabelo, tez, aprumo, instinto.
A Lua, sim, tolera estrela
De brilho breve, pus, horizonte
Escuro. Mocho cruja. O riso

Me rasga — aluguel de pavor,
Que nervos os deglutem, se for
Obséquio de glutão lazarento.

Moirejo na lavoura dos sonhos;
E, lá, percalço brinca de luta,
Esconde o desfrute da liça.

Autor: Edigles Guedes.


Manteiga em Fuça de Gato



Cartaz: a madame
Sorri e convida.
Um mundo de sonhos,
Que abre janelas.

Por mim, desfastio
Que bate à porta.
Cansado, semeio
As plantas em horta.

A moça, que brame,
Me chama — quimera!
Almejo milagre.

Da vez, propaganda:
Passar a manteiga
Em fuça de gato.

Autor: Edigles Guedes.


Mar



O mar que bravio
Retumba; carpia.
O há de baldio.
O sem-alegria

Em vida sofrida
De luta renhida.
Os sonhos pressagos
Esparze afagos

Em ser de descuidos.
As ondas, em fluidos,
Desatam a corda.

Navio acorda;
Escampa sombrio
E só no estio.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...