Querida
Margarida, o mundo e seu sistema
São
hipócritas, troam que por natureza.
Não
me adiantas vir com contrários dilemas,
Com
rios de teoremas e vis sutilezas
De
rã grasnar… O mundo jamais que perdoa!
Mundo
que é implacável; por condenação,
Melhor
não há! De todos, bem calmo, atordoa!
Faz
pilhérias à toa, gota confusão!
E,
quando a Morte — assanha a que enfadonha ação
De
Dama Negra em Lago rústico da vida —
Chegar,
apita o trem de lúgubre partida.
Querida
Margarida, preste-me atenção:
O
ser existe — menos porque demais faltam
As
coragens, as guelras, que doidos desatam!...
22-11-2018.