Quando vieste, eu disse assim: — Jamais
Escrevo outro soneto ou melodia!…
No entanto, ao fitar tão ingente cais
De doçura… Tal qual chuva serôdia,
Inunda o meu atroz ser sentimento.
Das entranhas no abismo, acolá, nasce
Esse flagelo sem flauta, tormento
Sem comento, apascenta-me que pasce.
Se vivo, eis que já não sei, ou morro;
Se respiro ou transpiro, acá; se corro
Ou fico. Sei lá… subo ou desço? Minto
A mim mesmo. Confesso, Amor, calo
No meu peito a linguagem ardente. Ralho,
Com as pernas bambas, caro Amor que sinto!…
Escrevo outro soneto ou melodia!…
No entanto, ao fitar tão ingente cais
De doçura… Tal qual chuva serôdia,
Inunda o meu atroz ser sentimento.
Das entranhas no abismo, acolá, nasce
Esse flagelo sem flauta, tormento
Sem comento, apascenta-me que pasce.
Se vivo, eis que já não sei, ou morro;
Se respiro ou transpiro, acá; se corro
Ou fico. Sei lá… subo ou desço? Minto
A mim mesmo. Confesso, Amor, calo
No meu peito a linguagem ardente. Ralho,
Com as pernas bambas, caro Amor que sinto!…