Da cobiça, o látego me assola;
Entretanto, o pávido me some.
O chicote devora-me de esmola.
O macérrimo corpo… que demole
As paredes havidas de concreto…
No profundo de espírito, que increpa,
Me censura por ditos impropérios,
Os quais nunca deviam se espargirem.
Mas, detém, de sensato, o deletério
Sentimento; é justo, sob regime,
Os quilinhos restantes no pandulho?
A candura de mãos voluptuosas…
A brandura com pés de virtuoses…
A querença por Dama, que perdure!
Autor: Edigles Guedes.