Sorri, ao passar o Tempo —
macabro
Menino de asas, sequer um rosto…
Trocista,
terrível, com peito glabro,
Propaga nas vidas um til
desgosto…
Debocha das minhas galochas tolas,
Tal
como debocha do passo à toa…
Perdido porque é nas róseas
auréolas
Do parque da minha infância…
Destoa
Genuíno do barco no mar (que sou!)…
Cruzando
os sete já mares dantes
Singrados, embora secos… Estou
De
sempre partida, sem um começo…
— Me dera que tudo fosse
qual antes!…
Por isso, que, tempo ao tempo, eu te
peço…
Autor:
Edigles Guedes.