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Concedo-te um Beijo — Dois



Concedo-te, legitimamente, um belo beijo,
Desses que ficam dependurados nas gravuras,
Por trás da porta de casa, só para o deleite
Do dono, e de mais ninguém; pois, ninguém saberá

Do beijo que se esconde por trás da porta absorta
De casa, de tão sigiloso, e secreto, e simples,
Capaz de arrebentar meus lábios de ardores mil.

Um beijo, concedo-te!… Arde o lume do desejo
Nesse legítimo beijo — desentupidor
De pia das mágoas e lágrimas do Destino,
Que se diverte ao provocar bílis e dores

Incontáveis, como titeriteiro com sujas
Marionetes, todas manipuláveis a cordas
E madeiras, sem leis, sem regras, sem compaixões.

Autor: Edigles Guedes.


Olhos



Os olhos irisados
De quem, abençoado,
Sorri; alicerçado
Em muro de cristal.

Os frágeis, esfalfados,
Me pousam, de repente,
Na mesa abstinente
De louça e graal.

Os ágeis, agachados,
Repousam, de contente,
No leito
— a semente
De prisco o fanal.

O lume afoitado,
Que singra, ajuizado!

Autor: Edigles Guedes.


Não Consintas, Amor...



Não consintas, Amor, que se finde no lume
Dos meus olhos saudade que dos olhos dela!…
Só por causa do meu acridoce ciúme
Daqueles olhos; não podiam os meus vê-la…

Navegar com vestido de renda ou chita
Pela Praça… Que, mais rápido, o coração
Colore outra cor aos olhos artesãos,
Seus olhos tão castanhos queimam. Feito fita

De cinema, em volta do filme na tela,
Em que se exibiam; seus olhos coagulavam
Duas chamas férteis, dentro da tórrida cela,

Que enclausurava meu coração seriguela…
Olhos benditos sãos, olhos que sussurravam
Suas chamas por minha treda descautela!…

Autor: Edigles Guedes.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...