Mostrando postagens com marcador Soalho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Soalho. Mostrar todas as postagens

Todos Ouvem



Quem me dera um mocho cantasse
“O Danúbio Azul”! Plenitude
De prazer voraz abriria
Os sentidos, já adormecidos

Pelos sãos! Às vezes, pruridos
Brotam sonsos, vale nenhum…
Todo siso cai do primeiro

Degrau — tropeço mui valente.
Sorriso invade rosto, crente
Que abafa zoada firme e forte
De queda livre. Soalho ruge,

E todos ouvem tua queda
Tonante: rio de muitas águas,
Cachoeiras rijas, lisas mágoas…

Autor: Edigles Guedes.


Livro, Monólogo



Um livro sem prólogo
De páginas todas
Antigas, de mofo
Excessivamente

A superlotada…
As traças que fogem
Das folhas ao soalho…

Um lindo monólogo,
De si pra consigo…
E eu filosofo
Um pouco, com mente

Tristonha, calcada
Em livro que dorme,
Na estante da fome…

Autor: Edigles Guedes.


Mesa



Retângulo tenso, firmado no soalho.
Destranca o gáudio, brotado no borralho.
As palmas (que curvas!) me lançam um sorriso.
As pernas entortam, silentes. E reviso

O livro das horas, às quatro da matina.
Candeia luzente, conquanto a buzina
De carro troveja. O livro rumoreja
Agruras e lástimas; sono sacoleja

Vigília; os olhos por triz que desfalece.
A forma: estética gris empalidece.
A mesa me chama; a pálpebra estica.

E eu surpreendo-me:
Chega de peitica!
Amiga belisca; despeço-me da lida.
A mesa, porém, permanece
traduzida.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...