Eu me rendo desbragadamente…
Como não ceder à tez ardente?
Como não falar de mãos arteiras?
Como não calar o peito calmo?
Caso sei a dor que teima tanto
Dentro de mim? Caso sei o quanto
Custa-me dó sem o ré de fá?
Puxo mesa, bule, tomo chá.
Eu que sei: bandeiras despregadas
Mais que voam, voam, quando cheiras
Meu cangote, deixas as pegadas…
Corpo tine nome tão de almo…
Solfo canto doce: desatino…
Solto pranto, sinto? Azucrino…
Autor: Edigles Guedes.