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Febre — Dois



Soa-me leve a frase febril: — Febre!
Nesse instante, tenho febre. Febre,
Não levem ao hospital; aliás, médico
Algum poderá curar-me… Cura,

Pra quê? Se anticorpos demais saram
As feridas pútridas, as chagas
Vorazes. Vivência tão humana…
Com faltas irrepreensíveis; vago

Modelo de bipolaridade,
Que se perde divido entre isso
E aquilo, discórdia raivejando

Dentro de mim, o Inconsciente
Mais que consciente me devorando,
Como a Esfinge de Édipo brando.

Autor: Edigles Guedes.


Cartas Ridículas de Amor


Não me creia que todas estas cartas
Pipilam de Amor em mim, de tão
Ridículas que são!… A frase ingrata
Não é minha, mas cá de um falastrão,

Que sabia muito bem o que dizia,
Pois ele torturado era de Amor,
Que engendra sua vida no torpor
Do dia. O Pessoa, sim, se comprazia

Em falar-me que disso tanto sentia.
Amor, se era, que em seu ganido peito
Eclodira, não sei.. Quiçá no leito

De um hospital de privança em agrestia…
Mulher, é que sabemos nós o quanto
De tênue há em pós: náusea e pranto!…

Autor: Edigles Guedes.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...