Mostrando postagens com marcador Sapatos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sapatos. Mostrar todas as postagens

No Baixel



Baixel que navega
Por mares, calado.
Me lembra serôdio,
Tristonho passado,

E cinjo-me: cinto
De prata, brunido;
Sapatos de couro
Retinto. Sonido

Me bota de louro
Cabelo tão pouco.
Caminho tão rouco.

A fúria me cega.
O mar que me pega,
Sacode-me. Chega!

Autor: Edigles Guedes.


Ao Caminhar




As flores, aos poucos,
Fenecem nas ruas.
Calçadas me gritam;

Lamentam as dores
Por mim: um tão podre
Ninguém de sapatos

Puídos, surrados
Por vida de cão,
Que vira a lata
Em cada esquina.

E, melro que não,
Me torno um canário
De país olvidado,
De préstimo alado.


Autor: Edigles Guedes.

Perguntas



Galochas são as bolachas dos sapatos?
Bolachas são as galochas dos biscoitos?
Torradas são as garrafas dos temores?
Garrafas são as torradas dos gerontes?

Sapatos surram o soalho de sentidos?
Biscoitos buscam o barco de balidos?
Temores tremem à testa de transidos?
Gerontes gemem à gema de gestantes?

Sentidos sofrem às tontas tartarugas?
Balidos balem aos gestos de gasturas?
Transidos tragam os baços de bigodes?

Gestantes geram sentires de demente?
Perguntas são os pilares da sapiência,
Que sonda muitos mistérios da paciência.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...