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Rouca



Nunca chegarei ao cabo
Dessa grandiosa façanha…
Que delícia favorece
O meu arcabouço? Tece

Cá, dentro de mim, o fio
De Ariadne… Algum Teseu,
Ingrato, olvida a promessa:
Salvaguardar-se da pressa,

Que tudo consome em boca
Do caminho escasso e seu.
Não sustento desafio,

Parto pra cima, me acabo
No cabo da faca, assanha
Meu juízo, lavando rouca…

Autor: Edigles Guedes.


No Baixel



Baixel que navega
Por mares, calado.
Me lembra serôdio,
Tristonho passado,

E cinjo-me: cinto
De prata, brunido;
Sapatos de couro
Retinto. Sonido

Me bota de louro
Cabelo tão pouco.
Caminho tão rouco.

A fúria me cega.
O mar que me pega,
Sacode-me. Chega!

Autor: Edigles Guedes.


Venturoso



Então, pareço venturoso?
Se vago reto por estreitos
Os mares, nunca navegados!
Caminho triste por estrada

Capaz de muito fustigar.
O Sol castiga: judiar
De quem exposto à tentativa

De risco, agrura, provadura.
E sou da grade, fechadura?
E sou do grito, mexerico?
E sou do fito, maçarico?

Por causa disso, me desvelo
Um melro: canto! Me revelo
Um fone sempre bloqueado?

Autor: Edigles Guedes.


Bosque



Caminho por bosque.
A dura cerviz
Dispõe os apuros
Contigo, Senhora.

Remédio que há?
O simples parir
De pernas, carreira.

Você? Desenrosque
A cara! Prediz
Profeta o furo
No muro, agora.

Raposa, de má,
Que vá colorir!
Que venha asneira!

Autor: Edigles Guedes.


Mosca



Apoquenta-me muito
O zunir de mazela;
O punir amarela
A trombinha, intuito

De sondar a comida.
E coçava as patas
Dianteiras, por lida.
Adejavam piratas,

As cantigas de ansas.
Detrimento de mim,
Enricava a pança.

O açúcar escapa…
O sorriso de ti…
O caminho derrapa…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...