Mostrando postagens com marcador Nau. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nau. Mostrar todas as postagens

Favorita



O mar cobiçando
Das ondas, fineza.
O lar dardejando
A flecha mui tesa.

Saudade liberta,
Mas sigo por certa
A rota que tira
A mágoa. De lira

Em punho, chilreio
Cantiga. Passeio
Por nau singular.

O calo me grita
Do pé. Favorita
A mão por versar.

Autor: Edigles Guedes.


Desaforo



Não me faça desaforo!
Não tolero desatino!
Não suporto violino,
Como canto duradouro,

Numa tarde graciosa!
Onde fica o sentimento,
Já crescido no tormento?
Terra bruta e preciosa

É capaz de partejar
Bons os frutos, com as flores
Lindas? Nau de baldear

Entre ditos e gracejos.
Faca puxo de vapores
Mil, mas feitos a bosquejos.

Autor: Edigles Guedes.


Maio



Está chuvoso
Respingos mansos
De ouro brando

Boião da Lua

Navega céu
Nublado
Maio
Que surge tarde

Na linha arde

Um férreo trem

O bom descanso
No banco, quando

A nau jejua
De mar ao léu

E corro, caio


Autor: Edigles Guedes.


Horizonte



O folgar os ósculos em óculos pandos.
Traquejar a caça, o caçador, em zarpando
Triste nau do ancoradouro da paz banal.
Plange cru do sumidouro da luz, fanal.

O calcar crepúsculos em opúsculos iambos.
Marejar à tarde, o pescador ditirambos.
Rede e sal do sorvedouro da cruz fatal.
Flui anzol no sangradouro do sus letal.

Barco voga por ôndulas tão claudicantes!
Vai canoa de tísicas mãos tonitruantes!
Medra os olhos previstos. Cortês horizonte,

Que esmaece as cores ternárias do fronte;
Que entontece as flores cenário de mares;
Que enobrece as ostras canários em pares.

Autor: Edigles Guedes.


A Fortuna do Morango

Uma bacia em forma de flor, cheia de morangos. Um copo de suco de morango. Um vaso de flores. Uma compota com doces de morango.



Jaz o morango sobre a mesa torta.
Não sabe que seguir rota. Destino
Não se traça com vela em sua nau tosca;
Não se traça sem mero em mapa prisco.

Fortuna rota não é pirata em crimes
Pelos setenta mares, fora e dentro.
A dormir, mas, morango menos crise,
Não sabe que destino o seu está aceso.

De repente, escuta-se alarido
No ar. Uma faca ingente e seu sorriso
A sorrir puro dano. Hora má e sina!

Logo, a faca soletra grave dito:
— Desinfeliz morango, réu sem tino,
Morre o porquê sem saber da lida!

3-1-2016.


A Vaga e a Lua



Vagando vai a vaga, voa voluptuosa!…
Navega dura, onda a onda, que me sonda…
Flutua frauta, assaz dorida e fragorosa…
Por onde anda tão famigerada onda?…

Que vai vergando nu o mastro da marítima…
Que nau!… Serei o canto, o brado da Odisseia?…
Que vai soprando a vela de sereia íntima!…
Que cospe aranha em sua intrincada teia!…

A nau — sabor da vaga —, cavalo trotava
Por águas, finos líquidos de parca outrora…
Uma alga pífia, lívida, como salgava

Os braços lentos! qual a menina dengosa!…
No firme Céu, que tão bela Lua decora
De azul e pálio, cútis esta mui formosa!…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...