Lua de Oceano Aquém


Edigles Guedes

Lua: bacia de prata, em que me banho de seus raios
Argênteos, na Noite fria e calma co’ essa chuva
Renitente… Descontente com as estrelas
Cadentes que nenhum dos meus desejos realizam…

Eis que Lua bamba, pendurada no trampolim
Da vaidade, sofre porque sofre com desmaios
De gravidade ausente!… Andorinha viúva
Procura marido em páginas amarelas…

Entretanto, essas estrelas parabenizam
A caçadora intrépida e seu vulgar gaiolim,
Que me prenderam aos grilhões: de Amor cárcere!…

Coruja corveja, abre asas, corre célere,
Zomba de minha insensatez, por amar a quem
Não me ama, qual Lua solitária, do oceano aquém.

17-10-2011.

Rosa Cega


Edigles Guedes

Corre e abraça-me com abraços longos
E apertados... Olha-me olhos oblongos,
Perquirindo o Tempo pretérito na
Minha face rústica... Bela Dona

Que balança seus quadris de ondas do mar...
No azo, torno-me domador a domar
Minha dor tão madura!...  Cai, qual fruto
Proibido de ósculos, no plano astuto

Da Serpente devoradora de olhos
Humanos. Eis que não vejo a luz tênue
No final do túnel!… Sim, cata-piolho

Brigou com fura-bolo na bacia, aiuê!
De algodão-doce… Ah! Porquanto Amor caolho
Esconde a rosa cega de seu buquê!…

14-10-2011.

Abraços Amargos


Edigles Guedes

Instantâneo segundo, que passo sem olhar
Fundo nos olhos de minha Dama, uma náusea
Bruta brota no meu peito de árvore pérsea!…
Mas, o outono chega: eis pungente esse desfolhar

De olhos castanhos, tão castos quanto suaves são;
Que seduzem e encantam límpido coração
Aventureiro, qual Xerazade com lábias
Mil na boca enganadora… Loucas e sábias

Palavras misturam-se em grão caldo de cana…
A Noite dadivosa vem pé de mansinho,
Com seu odor de blandícia, carícia e carinho…

Sem pedir licença, entra perfume de alfana
Nas minhas narinas; ouço os passos mui largos
De minha Flor: eis nossos abraços amargos!…

12-10-2011.

Coração Empedernido e a Túnica



Edigles Guedes

Trancaram a porta do meu coração,
E jogaram as chaves por rua afora.
Procuro-as embalde; resta-me, agora,
Amar a Senhora sem admoestação.

Que chaves são? De que metal a forjaram?
Pois, se cai, não fica no chão; se a pego
Em minha mão, já escorrega. Chamego
Imenso entre mim e você. Chegaram

Seus dedos miúdos, apalpando a carne
Magra de ossos moribundos. O farne
Ameaça-me com sua faca lúbrica.

Que indústria fabricou a porta que fecha
Esses dedos sem chaves, que me flecha
O coração empedernido e a túnica?

12-10-2011.

Procura-se um Tropeço


Edigles Guedes

Procurei um sentido no sem sentido que sente
A alma gemente da gente, que anda descontente
Com o Fado: artista arlequim, guizos de Lua algente,
Malcriada e fatal mulher de olho concupiscente.

De tanto procurar esqueci-me de achar o que
Procurava; como tenra criança com bilboquê,
A qual se esquece do tempo com terno brinquedo
Na mão cândida e venturosa. Sim, corro e quedo.

Almejo alcançar o infinito do pensamento,
Desbravar a aventura néscia do sentimento,
Destronar do meu coração trágico lamento.

Ó alma tremente! se logrei meu intento, conheço
O fim do fio da meada que procuro; o começo,
Mas é duro; por isso, quero lembrar… tropeço!  

8-10-2011.

Cerca Viva de Lábios


Edigles Guedes

Ilustra-te com a diária leitura
Dos meus lábios carnais e vacilantes…
O que a letra, dura e ruda, pendura
Nas frautas lábios teus tão delirantes?…

O preto e o branco da página calam
Sílabas mudas, escondidas – tidas
Como ocultas. Os tritongos que ocultam
Rebombos de beijos. Toque de Midas

Que muda teus lábios em ouro puro!…
Ditongos que falam da roda e furo
Do parafuso sem volta, ou muro

Sem cerca elétrica – essa cerca viva,
Com espinhos e tuas rosas, cativa
Tua língua acre em minha língua nativa…

8-10-2011.

A Vingança da Sédia


Edigles Guedes

Sentava-se naquela cadeira acolchoada.
E, confortavelmente, lia os jornais caducos
Da semana passada: lá, monges malucos,
Budistas, incendiavam almas desalmadas.

Impassível, nenhuma compaixão desagua
Em seu coração de touro bruto: reduto
De ignomínias, de opróbios; ele, pois, é fruto
Do leito de infortúnio e da incontida mágoa.

Triste e decepcionada, a sédia gela grito;
E escorregam pés ambulantes. Fez-se mito
A queda do homem por singela, porventura.

Mas, eu não sou herói algum de revista em quadrinhos;
Antes, ingente floresta sem passarinhos,
Porquanto compaixão se tornou desventura.

7-10-2011.

Amor Maduro em Caixa de Chumbo


Edigles Guedes

Tu inoculas teu veneno de serpe
Aleivosa, que me engana como Eva
Embrulhou Adão no Jardim do Éden. Treva
Logrou ambos com sua língua, trapuz, de erpe!

Mas, é doce a peçonha que me adoça
O Fado ingente. Louca, consomes chá
De meus passos, após receber crachá:
“Ando a servir ao próximo por troça!”

Tu és serpente tremente de ódio por mal
Que nunca fiz a ti, antes salvaguardei
Nosso Amor maduro em caixa de chumbo.

Se Amor adoeceu em profundeza abismal,
Certamente a ele jamais eu reservei
Maléficos intentos, sons de zumbo!

3-10-2011.

Moira


Edigles Guedes

Já era Noite pálida, quando Moira chegou,
E armou o bote de serpe maliciosa, e disse:
– Ó homem, por que caminhas? Pensas (iludido)
Que tu, reles mortal, fazes o teu caminho?

Aprendes co’o furibundo Aquiles. Apagou
Quem sua chama de vida por amar a misse
Briseida, escrava bela, que cativou o lido
Coração do guerreiro aquileu? Passarinho

Agoureiro eu fui, na Guerra de Troia. Quem sabe
Disso, deveras, foi o aedo Homero, pois cabe
Em sua Ilíada as teias que lancei em seus heróis gregos…

A desoras, exausto de ouvir Moira terna,
Retruco: – Ainda que escarneças de mim, ó eterna
Desventura, eu prefiro-te a viver morcegos!…

3-10-2011.

Fruto que se Come por Miúdo



Edigles Guedes

Se me apaixonei por teu ombro curvo…
A culpa, decerto, não fora minha;
Porém, sim, dessa curva, ora daninha,
Que faz o teu ombro baloiçar tão turvo.

É que paixão se sofre o sofrimento
À toa; como andorinha, sozinha, voa
Para longe… E muito distante ressoa
Seu uivo de dor e duro passamento…

É mítica a cadeira de balanço
De teu molejo: requebro, sem ranço,
De ombro que estonteia meu ser carrancudo!…

Pois, quer frígida, quer libidinosa,
Apaixonei-me, decerto, ó incendiosa
Paixão: fruto que se come por miúdo!…

2-10-2011.

Corações Engrinaldados



Edigles Guedes

Lembro-me do retrato na parede do nosso
Quarto de dormir. Nossos olhos enamorados clamam
Um pelo outro, em suspiros de desejos; declamam
Poemas eróticos às quatro paredes!… Que osso

É a vida!… Foi ontem que subimos, jungidos beijos,
A ladeira do tálamo. Tu estavas formosa;
Esplendias com todas as primaveras!… Oh! rosa
Do meu jardim de Amor e delícias… Onde queijos

De Lua se esconde do paladar da minha boca,
Fremente de prazer e gozo?… Sim, eis quão louca
Paixão me consome o íntimo meu ser… Quiçá ninguém

Me escute o dessegredo… Ó coelhinha na toca
De amores! acolhida nos meus braços de mouca
Libido, que pena! sou na alcova mais um alguém!…

2-10-2011.

Sereia dos meus Olhos



Edigles Guedes

Ai de mim! Pois, desde que pus meus olhos
Nos olhos teus, desfaleceu-me os cegos
Olhos meus… A escuridão de abodegos
Do dia é mais escura!… Noites aos piolhos

Dadas, que latejam nos meus pesares
Pensamentos de olhos quão lastimosos!…
Meditabundos olhos escumosos,
Que me levam por navegados mares!…

Mares abismosos que calam dores
De absíntio! que calam esses amores
Por alheia Dama ao meu querer!… Oh! sereia

De canto mavioso, e aleivoso, e tredo,
Em que ilha tu devoraste tão cedo
Meu coração marinheiro, que serpeia?…

2-10-2011.

Cabelos


Edigles Guedes

Lindos, mui lindos, esvoaçavam naquela tarde
De verão. Madeixas negras; e negras pérolas
De cabelos longos, pendurados nas espáduas
De Dama bela, cujos fulgores ainda me arde

No peito mancebil. Fulguras tal qual cometa,
Com sua cauda celeste de grãs madrepérolas…
Ágeis, escorrem lebres, tais línguas de tamanduás,
Que descem de tua cabeça – embarcação corveta…

Flexíveis, esfumaçam seu odor: flor de magnólia
Que se espraia pelo ar sereno. Luar de malencolia
Inunda o firmamento – aquele xadrez de estrelas…

Eis que, cá dentro, flui e punge-me as sensações várias
De quem ama esses cabelos, que me riscam co’ árias
De clássica valsa, que me fogem sem dar trelas!…

2-10-2011.

Malquerença



Edigles Guedes

Que malquerença é essa, semeada aos poucos
No teu peito inerme?… Pélagos loucos
De loucos beijos e desejos moucos,
Calados em grandes fossos, cavoucos!…

Ingentes esforços eu já fiz, faço
Para abrandar as procelas de mau aço;
Pois minha nau navega por vil sirte,
Que me beija ali, nem guart-te sem tir-te…

Que malquerença é essa, que dá asas-pipas
À imaginação para me censurar?…
Repreende-me, deveras, mete as ripas,

Pelas palavras de Amor jamais ditas…
Porém, sempre hei de (quem sabe?) procurar
E desfazer infortúnios, desditas…

1-10-2011.

Cárcere Celestino



Edigles Guedes

Bom e preto. De cheiro preto, que subindo
Pelas paredes escabrosas do intestino,
Vai ligeirinho, espalhando seu odor ladino,
Odor de joão-ninguém azedo e desavindo.

Embora leve, consigo, essa carantonha
De malquisto, ele tem o coração-tesouro
Do Brasil, pois vale mais do que muito ouro
Na boca de gente simples – lençol sem fronha.

Um mar de escumas, com bolhas a estourar moinhos
E redemoinhos, navega o açúcar límpido;
Tão límpido que dá asco alvo, velcro estampido.

Vergam os lábios murchos, de tortos caminhos,
Estrídulas vozes de gozo matutino.
Café: cachoeira de cárcere celestino.

1-10-2011.

Édipo que Jamais Existiu



Edigles Guedes

Pálida estava, como uma rosa anêmica,
Sem braços de jardineiro para colhê-la…
De súbito, ela desfalece – qual estrela
Ofuscada pela luz do Sol ou química

De solúvel com solvente. Sua boca flébil
Sorve o ar bastante lentamente, ritmo valsa
Lânguida, ao sabor fugaz de farsa falsa…
Encanto-me por seu canto de lábio débil.

Vejo-o e meus sentidos anuviam-se… Escurece
O dia – claro enigma de esfinge atroz; fenece
O Édipo que jamais existiu em mim?… Lépido,

Ergo a formosa Dama nos meus braços. Longo
Beijo, desesperado, eu disparo: milongo
Que nos afoga no rio de ensejo crépido!…

1-10-2011.

Açoites de Rogos


Edigles Guedes

Passaste, passei. Passamos um pelo
Outro como dois estranhos amigos?
Ou inimigos não declarados?… Guerra
Que te fiz? Ou tu fizeste-me?… Amor

Que parte das alturas: perdido elo
Sublime; máquina chora castigos,
Os quais inventa d’alma; navio que erra
Por mares bravios; palhaço sem humor!…

Se eu soubesse que é duro o amar, levaria
Comigo essa mala de vis pesares
Para o oco do poço do esquecimento,

E enterraria no coração-livraria…
Pois, amar é mímico sem esgares,
Açoites de rogos sem sofrimentos!…

1-10-2011.

Cocada


Edigles Guedes

Doce de coco, cocada é: que uma medida
De tacho de açúcar e duas de coco, mexida
No fogão em fogo brando, faz saborosa
Guloseima singrar os sete paladares!…

Oco: como oca indígena sem o tacape,
Fútil guerreiro tupi com copo de frapê…
Dura: feito de pedra macia, meiga rosa
De espinhos nórdicos, naus viquingues aos ares…

Rugosa pele de animal inimaginável,
Que se apalpa pelo paladar de astuciosa
Língua e seu mover de jaguar – fera furiosa!…

Cérebro encanta-se por tão biodegradável
Sensação de sentidos que andassem ao laré…
Embotados dentes ao comer espia-maré!…

28-9-2011.

Iogurte



Edigles Guedes

Bactérias benéficas flutuam em mar-leite...
Nau que navega sangue sabor de morango,
Nas veias pueris metais de enamorado tango...
Orangotango com calças largas de enfeite...

A polpa mergulha de colher a sua touca
Na densidade absurda e pastosa de louca
Ventania sem vento, na garupa do lento
Passear de nuvens, em lídimo firmamento...

Vernácula língua! esses micróbios absorvem
Os nutrientes benignos de odor... Mares sorvem
As ondas gástricas de Amor alvo, intestinal...

Lática lactose late sua foz latido
De latim extinto, morto, solto e ferido...
Iogurte - barco a barlavento sentimental!...

27-9-2011.

Saudade Submarinha



Edigles Guedes

O que adianta andares por outros corpos,
Se é meu corpo (lasso dessa jornada)
Quem tu tanto amas a rodo!… Mimada
Garota de bolsos com anticorpos;

Vacinada contra a lúbrica febre
De Amor… Ainda sibila, ao som silêncio,
A sílaba sadia desse saliêncio
Animal: consome o homem-sabre lebre

De pensar o Amor como uma andorinha,
Que sozinha não faz verão ou inverno…
Despojo-me de mim para soletrar

O alfabeto: saudade submarinha!…
Teu corpo no meu corpo sem governo!…
Dispo-me de mim em ti a compenetrar!…

26-9-2011.

Pálido Pelém


Edigles Guedes

Insensível?… Por que não hei de sê-lo,
Se jogaram pedra no meu telhado
De vidro?… Pois, quem ama que é talhado
Para sofrer, como carta sem selo

De correio… Eis que vivo de amar fosso
Sem fossa, quando a quem se ama não pode
A olhos vistos nos vermos… Eia, sacode
Meu corpo: cemitério de cinza e osso!…

Insensível!… Que Dor me dói no siso!…
Quando — os olhos tão queridos — deslizo
Por longes colinas de corpos além!…

Um corvo negro escancara seu riso:
— Vá, telhado de vidro!… Voar e poiso,
Por ser a quem ama um pálido pelém!…


26-9-2011.

Três Agruras



Edigles Guedes

Acerba-me a existência, essas agruras:
Uma Dor que começa não sei como;
Uma flor, plácida, de cinamomo;
Um Amor de binômio sem alturas…

Ah! Dor inumana que me cavalga
As entranhas estranhas de meu íntimo!…
Tão estranha é que me foge o último
Suspiro de saudade, que me salga!…

Ó flor estúpida, de língua morna,
Quando faz inverno lá fora!… Adorna
O meu peito com cicatriz profunda!…

Ah! Amor de passarinho: verão que
Pousa palma da minha mão – sotaque
De vil Vênus de Milo que me afunda!…

25-9-2011.

O Fogão



Edigles Guedes

Arde com ardor de crepitantes pérolas,
Quando a Madrugada altaneira foge aos uivos
Das mendazes bocas, que comem abrasivos
Ares dentro de mim… Amanheço, de alfolas

Vestida está a Lua, desabrocha labaredas
No forno escaldante… Coruscantes fagulhas
Costuram, tecem, cortam, picam, como agulhas
De mosquitos vorazes… Céus com abóbedas

Côncavas de nuvens e corrupios infantis…
Ofuscam precipícios, píncaros, alcantis,
Cumes, o fogão co’ incandescentes caiçaras…

É num poema que minhas mágoas desafogo…
Quem me dera queimar em mil línguas de fogo
Todas as lembranças de Amor, que me são caras!…

24-9-2011.

Nefelíbata



Edigles Guedes

Ora, se andei nas nuvens?… Se as nuvens haverão
De ser o caminho por onde eu possa vagar…
Quer plúmbeas, co’ odor de bricabraque, devagar
Redemoinho girando girândolas, verão

Que voa mansinho em manhosice de coração…
Quer etéreas, frocos de doce algodão manco,
Claudicando de ar em ar, qual brando tamanco
Bêbedo, sem desforço; ou como quem faz menção

De seguir avante, porém recua, quando está
Face a face com o perigo de presente.
São digníssimas esculturas dessa gesta

Celestial, que celebra os feitos de valente
Guerreiro imortal… Pássaros… Natura em festa
Recorda a vitória – fio de nuvem! – chãmente.

24-9-2011.

Trompete



Edigles Guedes

Sopra o rural maracatu de instrumento
Cortante, como estrovenga em mãos canaviais,
Em festa de cores  multidoloridas
Ou de sons aturdidos – palavras triviais,

Que se multiplicam abundantemente.
Caracol metálico com retangular
Concha a envolver múltiplas curvas: tais idas
Sem voltas; jaguadarte juba jugular

De leonino dragão: o cospe-raios-e-trovões.
Acelerado ritmo de pés descalços...
Pistons movem-se de fróis clichês e chavões...


Sai melodiosamente orneio de jumento
Por estrada de chão: grandes seus percalços,
Antes de atingir o furacão demente.

24-9-2011.

A Manicure



Edigles Guedes

Mansa, de olhos humílimos, movimenta

Apurado pincel de gênero dúbio;
De gênio forte e rudo, cujo dilúvio
De esmaltes cobre milimetricamente

Cada unha da freguesa, com sua tormenta

E bife à sobremesa, a espiar o cantinho
De carne fresca que sobrou no dedinho.
Aliás, lava as mãos com carinho decente;

Livra-se, à saúde, dos micróbios nocivos.

Desenha, exímia, esses corações cativos,
Essas rosas obsoletas, esses cravos

De odores lírios, essas magras orquídeas...

Destarte, se enfeita flores trigonídeas
No jardim de unhas porcas, poucos centavos!...

21-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...