Edigles
Guedes
Lua: bacia
de prata, em que me banho de seus raios
Argênteos,
na Noite fria e calma co’ essa chuva
Renitente…
Descontente com as estrelas
Cadentes
que nenhum dos meus desejos realizam…
Eis que
Lua bamba, pendurada no trampolim
Da vaidade,
sofre porque sofre com desmaios
De
gravidade ausente!… Andorinha viúva
Procura
marido em páginas amarelas…
Entretanto,
essas estrelas parabenizam
A caçadora
intrépida e seu vulgar gaiolim,
Que me
prenderam aos grilhões: de Amor cárcere!…
Coruja
corveja, abre asas, corre célere,
Zomba de
minha insensatez, por amar a quem
Não me
ama, qual Lua solitária, do oceano aquém.
17-10-2011.