Edigles
Guedes
Ora, se
andei nas nuvens?… Se as nuvens haverão
De ser o
caminho por onde eu possa vagar…
Quer
plúmbeas, co’ odor de bricabraque, devagar
Redemoinho
girando girândolas, verão
Que voa
mansinho em manhosice de coração…
Quer
etéreas, frocos de doce algodão manco,
Claudicando
de ar em ar, qual brando tamanco
Bêbedo,
sem desforço; ou como quem faz menção
De seguir
avante, porém recua, quando está
Face a
face com o perigo de presente.
São
digníssimas esculturas dessa gesta
Celestial,
que celebra os feitos de valente
Guerreiro
imortal… Pássaros… Natura em festa
Recorda a
vitória – fio de nuvem! – chãmente.
24-9-2011.