Edigles
Guedes
Meu
coelhinho branco, de patinhas túmidas;
De focinho
inquieto, mexendo de cá para
Lá, a
procura de caminhar por entre clara
Noite de
frio e solidão das nuvens fúmidas…
Fúmeo
nevoeiro devora-te tão guloso
Quanto tua
gula perene por mil cenouras…
Dentro da
plúmbea neve, mastigas louras
Sementes
de girassóis; quando cafangoso
Inverno
ira zumbe de tempestuoso Aquiles…
Martelas,
tal qual prego no cruento martelo,
Teco a
teco, teu dente em outros dentes brailes…
Multiplica-se
o Fibonacci número atroz
Do tempo argiláceo,
do minuto amarelo.
Quem me
dera fugir de mim feito um albatroz!…
16-9-2011.