Solitário no Vaso


Edigles Guedes

A escova de dente dorme tão sossegada
Quanto aéreo aeroplano em voo de ave musical…
Descansa curva contra coluna cervical.
Suas cerdas cervicórneas… Cala abodegada

Sereia da higiene bucal – as cáries, imigas
Do esmalte e da dentina, apavoradas, cerram
Os dentes de ácido ódio lático e desferram
Sua cólera insubmissa em rapsódias, cantigas…

Bactérias, suas fermentações da sacarose,
Fazem festa de arromba com broto frutose.
Enquanto isso, acolá, no moço sanitário

Soergue-se um santuário de dores virulentas;
Pernoito no vaso plantado por violentas
Agonias sem aleluias – homem solitário!…

18-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...