A Mesa



Edigles Guedes

É sólida de solidão
Descontente; sua aparente
Formosura é rio demente
Sem lágrimas de comilão.

Glutona por lápis, papéis,
Clipes, borrachas, copinhos
Descartáveis, mil carinhos
De carimbos, vários pincéis

Coloridos e tesouras.
Nas entrelinhas da folha,
A mesa devora rolhas.

Um balão infantil estoura
A bexiga azul ou anil:
Coitada da mesa flébil!

1-9-2011.

Aquário de Vida

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