Ao Dom Quixote


Edigles Guedes

Caro, Dom Quixote de la Mancha e cavalo
Esperto, o Rocinante, pangaré galhardo.
Vossemecê, preclaro cavalheiro, fardo
De intrepidez ímpar, invulgar, duro calo

No pé da atordoante realidade, mesura
Sua faz-me rir das minhas duras cabeçadas
De clown shakespeariano… Palavras aladas
Sem aplausos, sem palco, ou teatro sem ternura.

Confesso-te urgente, Vosmecê e eu precisamos
Aprender que moinhos não são dragões ou feras
Embrutecidas; que Damas – mesmo que ceras

Sejam feitas – jamais necessitam de tramos,
Príncipes encantados, a fim de salvá-las
Da bruxa má, ou sequer de ingentes almafalas.

7-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...