Noite sã com Pera na Alcova



Edigles Guedes

A pera de pele verdoenga, de paisagem
Estúrdia, dentro de si proclama a incongruência
Entre a aresta e de seu grão o vértice volume;
Entre a superfície e o perímetro do sabor.

Sua sombra violão desdenha (suave visagem)
Da luz que brilha sua felicidade, anuência
De físico corpo e alma de cio vaga-lume,
Ou da formiga e da cigarra o duro labor.

Extática; larga a tatuagem de seu cheiro
Tão invulgar quanto o odor de vulva, qual válvula
Desabrochada, cola no peito faceiro.

Faz curva de buraco negro; e inda que chova
O dia inteiro, eu já não a quero do cão que ulula.
Eis que venha a noite sã com pera na alcova!

11-9-2011.

Aquário de Vida

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