Edigles
Guedes
Com seu
bico oblongo, torce o rabo do olho contorto.
Desconfiado,
ainda vive; de galho em galho, saltita
Alegrim e
alegrim de sua gris desdita; palpita
Seu
coração ortográfico; navega sem conforto.
O verde vê
o laranja de sua cor, grita ametista
Com todo
seu fulgor de pedra, embaralhada em ramos,
Que
escondem o vistoso bicho à distância inaudita.
Mãos
fotográficas almejam seus silêncios calmos,
Todavia
não alcançam as alturas panorâmicas.
O
animalzinho, pregado no papel de parede,
Lamenta-se
ser somente uma lembrança idílica.
Enquanto
eu - grudado na minha existência atrípede -
Não sei se rio, ou se choro, ou se chove, ou se esse Sol fica
Mais belo; porém, sei dessa existência que me prende!
Não sei se rio, ou se choro, ou se chove, ou se esse Sol fica
Mais belo; porém, sei dessa existência que me prende!
13-9-2011.