Não Reparas…




Edigles Guedes

Púrpura tarde que se esvai no horizonte, além
Do infinito, e mais palpável do que a louvável
Imponderabilidade do ser moldável
À filosofia vã do Amor rude e gredelém…

Não sou pastor, como Dirceu, para salmodiar
Com doce lira os teus pruridos, já esquecidos
Em nosso leito soez de prazer; tempos idos,
Que ignorávamos dor, pois eis no peito a vadiar

Alegria inconfessa e felicidade agreste…
Eu, perdido nos teus braços de corça ávida,
Carrossel a girar veloz arco-celeste…

Tu, achada em meus braços de olíveo cisne alciôneo,
Não reparas na tarde ástrica, que se finda;
Não reparas no pejo do meu ser etéreo…

17-9-2011. 

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...