Edigles
Guedes
A vela
enfuna o vento marítimo e parco.
Ôndulas
brandas sussurram melífluo canto
No casco
robusto da embarcação serena.
Sargaços
flutuam lentamente por túrgida água.
Sopra o
leme as espumas musicais de lira,
Dedilhada
por dedirrósea manhã solar.
Em
portando armas bélicas, tais como de arco
E flecha
na mão… lanço o tardio desencanto
No rochedo
côncavo e na rocha terrena.
Chuva
serôdia, fúria de tufões, desagua
Em minha
nau a esmo, barquinho que delira
Ao sabor
meigo do baloiçar no seixo lar.
A bonança
aportou em mátrio solo, súdita
Fiel do
Amor, que traiu tempestade por desdita!
10-9-2011.